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Para o artista, o desafio contido no convite é invariavelmente o de conseguir, apesar da barreira da Língua, conseguir passar a alma do fado.

Coube à fadista Carla Pires, convidada semanal na Adega Machado, dar a conhecer o Fado neste festival musical com 40 anos de edições.

Por ocasião das celebrações do centenário da fadista Maria Teresa Noronha (1917-1994), mulher de José António Sabrosa, exímio guitarrista e compositor, sairá em Setembro um CD com temas inéditos.

As composições foram ainda gravadas pelo guitarrista recentemente desaparecido, José Pracana.

Além dos inéditos, foram ainda gravados outros temas por Luís Petisca, na guitarra portuguesa, e Armando Figueiredo, na viola e viola baixo.

Apresentação do CD a 07 de Setembro no Centro Cultural Olga Cadaval, em Sintra, seguido do espectáculo que celebra o centenário do nascimento de Maria Teresa de Noronha, organizado pela Academia da Guitarra Portuguesa e do Fado.

A fadista Cláudia Picado foi este mês a Israel gravar um CD, um projecto de fusão musical entre o Fado e a Música Árabe.

Este meritório projecto foi liderado por uma Organização Palestiniana com sede em Israel.

Aplauso à fadista que assim construiu uma outra ponte musical.

Os fadistas Cláudia Picado e André Vaz são artistas habitualmente convidados para actuar na Adega Machado.

Se os artistas de gabarito prestigiam um estabelecimento o contrário também é verdade.

Além disso, a atmosfera de uma casa de fados histórica é verdadeiramente inspiradora.

Terá sido por esse motivo que estes dois artistas escolheram a Sala da Fadistagem, onde todas as tardes ocorre o evento Fado Inside the Box, para gravar um vídeo.

o vídeo, para ver e escutar aqui

Do firmamento recebeu o nome, Celeste, a voz e a alma fadista com que atravessou esta vida.

Corporizou a mais pura e mística das convicções, a de que apenas pode cantar bem o Fado quem o encarna e sente intimamente.

O Fado com que nasceu, o seu, o de todos.

Por sensibilidade própria conquistou o seu lugar ao sol, a admiração dos muitos que a Amam e a Amarão, o reconhecimento e respeito dos pares.

Ciente daquilo que mais nos enobrece nesta passagem terrena, que por maior que seja é sempre fugaz, pautou-se por uma existência discreta e com isso moveu-se mais na luz do que na sombra.

Amplamente humana, inspirou quem reconhece a verdade, a beleza e alegria no mais ínfimo.

Na admiração de tantos, indissociável, a Pessoa coincidiu com a Artista, feito infelizmente raro.

Sem ponta de vaidade, antes orgulho próprio, o que é diferente, personificava isso mesmo: Pessoa e Artista comungavam a mesma grandeza.

Continha dignidade no olhar, na postura, na voz e energia que dela emanava.

Estamos tão gratos pela dádiva da sua existência.

A sua simples presença encheu de Alma esta casa de fados, Adega Machado. Todos gratos, todos saudosos, todos, sem excepção.

Da Gerência, dos Artistas desta Casa de Fados, de todos os colaboradores que a serviram e admiram, Sentidas Condolências aos Familiares, aos muitos Amigos, à Família Fadista que com ela privou em elevados momentos artísticos que fizeram o Fado ser por todos sentido.